Brisas Project é uma proposta artística transdisciplinar criada por Brisas Freire Ribas, artista que atua entre a música, a performance e a arte drag queer como formas de fabular existência. Nascido em Altamira-PA, região norte do Brasil, com trajetória em Belo Horizonte e São Paulo. Multifacetado, atua como compositor, vocalista, guitarrista, barbeiro e editor de áudios, possui habilidades em roteiro, videografia, design digital e produção de qualquer coisa.
Fez graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UNA (Belo Horizonte/MG-2017), se formou em Multimídia por Geledés - Instituto da Mulher Negra (São Paulo-2022) e em Marketing pela USP (EAD-2020), Brisas constrói sua trajetória artística combinando experiências acadêmicas com vivências pessoais que enriquecem sua produção criativa.
Desde a infância, encontrou na arte um meio de expressão, influenciado por constantes mudanças de territórios que marcaram sua vida. Encontrou no Ladies Rock Camp, em Sorocaba/SP, no ano de 2016, um marco que reverberou sua volta pra casa. Um projeto musical em que você forma uma banda, compõe, toca sua música pra comunidade em uma semana. (Saiba mais em www.girlsrockcampbrasil.org)
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Em 2025, lança o EP Perdoa, obra de estreia composta por quatro faixas autorais em seu primeiro passo oficial, é a porta de entrada para compreendermos o lado de dentro do artista. Este trabalho nasce do encontro entre música, performance e fabulação identitária. Perdoa, meu primeiro EP, é rito e registro, reúne quatro composições originais e inéditas. É som em forma de cura lenta. Uma tentativa de reconciliar silêncios e fantasmas. Cada faixa é uma carta não enviada, um desejo interrompido, uma lembrança que insiste em retornar. O projeto é acompanhado por quatro visualizers, nos quais Brisas performa diferentes personas e corporeidades. O projeto nasce de uma escuta cuidadosa do corpo em deslocamento. As faixas – compostas, produzidas e interpretadas por Brisas – assumem camadas íntimas e coletivas. Não se propõe como resposta, mas como eco.
Disponível em todas as plataformas de streaming.
https://open.spotify.com/intl-pt/artist/0Z40x6Euj2YNO248IBiubX
https://www.youtube.com/channel/UC1IF-APX7yQvG9POQLnzEgQ
Responsável pela produção foi Theo Charbel, que também é multi-instrumentista, natural de Cuiabá que se formou em Rádio e TV pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), reside em São Paulo e é integrante das bandas Ema Stoned, Florcadaver e Vanguart, que se apresentou no ROCK IN RIO 2024.
Além da obra musical, Brisas também desenvolve investigações em outras linguagens da arte.
Em 2021, integrou o elenco do filme Emaranhado, realizado pelo Festival Panorama (RJ), onde atuou de forma expandida: contribuiu com a dramaturgia, trilha sonora e design gráfico. O filme foi exibido em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Campinas e Curitiba, e circulou também por países como Alemanha, França e Portugal.
Danças em Trasicões é uma plataforma dee criação híbrida entre artista trans e bixas do Brasil e França https://www.instagram.com/dancasemtransicoes/

(Disponível em <https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=-3yxeN_HTtY>)
Também atua como editor de podcasts. Em 2024, um dos trabalhos em que esteve envolvide foi premiado pelo Movimento Olga Lichtenstein (MOL), uma das principais iniciativas de reconhecimento à inovação jornalística e impacto social no Brasil. O podcast Essa Geração (sexta e sétima temporada) se destacou por construir uma escuta ética e comprometida com narrativas invisibilizadas, reafirmando a força do afeto como tecnologia de comunicação. Nasceu de uma parceria de Geledés e Fundação Tide Setubal, e foi produzido por jovens negros formados em Multimídia pelo Instituto da Mulher Negra.
Minha pesquisa nasce do desejo de construir outras narrativas possíveis sobre ser trans, criando atmosferas onde a subjetividade possa respirar. A arte drag queer, nesse percurso, não é adereço, mas tecnologia ancestral de deslocamento – espaço onde o impossível se encarna, onde o gênero se esgarça até virar brilho, voz ou silêncio. O uso da arte drag queer como dispositivo performativo é central na obra. Este trabalho é arquivo vivo. É pedaço de uma história que se escreve nas beiradas e que se recusa ao apagamento.
A arte de Brisas é marcada pela fusão de diferentes linguagens. A criação é uma nova camada de sua identidade artística.
Video-Performance
Segura esse Abacaxi

Ao longo desse percurso, o Brisas também tem se alimentado de vivências formativas — encontros, residências e processos que atravessam corpo, som e pensamento. Essas experiências ampliam as possibilidades do projeto e sustentam a pesquisa em outras camadas.
Para conhecer as residências artísticas e formações que fazem parte dessa trajetória: